Estando na Terra do Sol Nascente, muito complicado escapar de ver assuntos de games na TV e nas livrarias, nem se eu quisesse.
Como era de se esperar, existe uma grande variedade de revistas de games, mas a especialidade de cada uma que impressiona. Tem revista apenas de PS3 (com BD-ROM de brinde), PS2, DS+Wii, DS, Xbox 360 (realmente) e inclusive do PSP. As principais permanecem Famitsu e Dengeki.
Ainda sou incapaz de verificar qualidade do texto. Apesar que encontrei um erro na Famitsu: ASH – Archaic Seald Heat. Mas tudo bem.
Portanto, conto-lhes o que vejo e observo. A quantidade de folhas impressiona, uma vez que trata-se de uma revista semanal. Entretanto, poucas folhas apresentam propagandas. As revistas apresentam muitas listas, rankings dos mais variados tipos: quais os games mais vendidos, os mais esperados, por sistema etc.
No caso da Famitsu, existe uma parte sobre cinema, CDs, DVDs, inclusive sobre comidas vendidas em lojas 24h, muito populares por aqui entre os jovens. Na Dengeki PSP que comprei, tem uma reportagem que a SuperDicas PlayStation mostrou faz tempo: fora os games, as outras utilidades do PSP. O custo para o consumidor final das revistas de games daqui varia entre ¥300 e ¥1,000. Isso porque algumas encartam brindes. A Famitsu normal, multi-sistemas, custa uns ¥350. A Dengeki PSP, ¥390. Barato, considerando o poder aquisitivo do pessoal daqui. (Nota: US$ 1 = ¥120 aproximadamente)
De acordo com o mercado em que se inserem, penso que as revistas brasileiras devem nada para as daqui. As daqui encontram diversas facilidades, as quais nem preciso citar. Espero. Mas cito uma suposta conversa (em um telefonema local) entre o editor da Famitsu e algum figura do ramo de games local.
– Queremos entrevistas o senhor. Tudo bem?
– Claro, passe aqui depois do seu expediente. Pegue o trem tal etc.
Portanto, vejam o trabalho que o pessoal de revista brasileira de games precisa fazer. Telefonemas internacionais, cartas e encomendas internacionais, barreira do idioma, mesmo leitores desacreditam por vezes.
Mas ainda preciso saber-saber como que acontecem os fechamentos das revistas daqui. Pedem pizza ou sushi?
Hoje, dia 02 de Agosto, presenciamos o milagre da ressurreição (é assim que se escreve?) dos Blogs.
Louvado seja o nosso senhor Jesus Cristo.
Pra fins de comparação, alguém sabe quanto custa em média uma EGM na busholândia?
BOOOOOA MINATO!!! \o/
Que o jornalismo de games brasileiro não deixa muito a desejar pra qualquer lugar do mundo já é sabido. Eu nunca cogitei a hipótese contrária.
E, pessoal, acompanhem o blog do Minato. Spoilerproof na cabeça.
Vou discordar de você Bracht, pois todo mundo sabe que o jornalismo BRASILEIRO de games deixa muito á desejar SIM! Mas antes de tudo, quero deixar bem claro que: NÃO É CULPA NOSSA! O público de cada país é quem manda em cada publicação. Veja só, se no Japão, as revistas de games são semanais e com muito mais conteúdo do que as que circulam por cá, é pelo simples motivo de que lá, existe público pra isso. E se tem público, logo, tem retorno. E retorno é justamente o que não acontece no Brasil. Está cada dia mais difícil manter uma publicação de games em nosso território, pois o nosso público é bem restrito e o preço de nossas publicações (pelo número de páginas que se tem) é um absurdo. Eu sei disso, você sabe disso e quem visita esse blog também sabe. É muito mais fácil pro leitor dar um “search” no Google, do que pagar 9/10 reais numa revista de games que tem praticamente tudo aquilo que ele vê na Internet “de graça”…é complicado de verdade. Está para nascer o cara que vai fazer essa situação mudar. Ou abaixa o preço e melhora a porra toda, ou fica com preço alto permanecendo no “arroz com feijão”…é complicado cara, é complicado…
Fiz escala nos EUA antes de chegar aqui e comprei uma GameInformer. Se estou certo, custou uns US$ 5. Depois confirmo.
Sim, Boca. É complicado manter as revistas. Mas uma boa parte das revistas que se mantém consegue atingir uma qualidade de nível internacional. Foi isso que eu disse.
Em outras palavras, se tu pegar a melhor revista de games brasileira (e aí vai de cada um a opinião qual é essa), tu não pode dizer “é… até que pra uma revista brasileira tá bem bacana”. Essa frase não faria sentido, porque essa revista seria tão boa quanto as de froa do país.
É o que eu acho.
As revistas brasileiras são muito boas, concordo.
Mas falta um pouco mais de identidade. Eu acho que as nacionais, AS VEZES, imitam as gringas
Concordo com o Boca, concordo com o Fabinho e concordo com o Minato.
Sim, o mercado brasileiro de games ainda está muito aquém do potencial de nossa nação, por problemas que todo mundo já conhece. Isso afeta diretamente o segmento de revistas impresas do gênero.
Sim, a qualidade editorial de entretenimento eletrônico no Brasil, seja online, seja impresso, não deve em nada, e muitas vezes supera o padrão internacional. Diariamente eu vejo pautas interessantes e análises de jogos bem fundamentadas nos mais diversos veículos de informação gamer nacionais. Enquanto isso, a lendária Famitsu, por trás das falsas idéias que se formam em torno dela, segue no estilo japonês de se fazer revista, mais marketeiro do que apaixonado, mais seguindo o hype (e me desculpem a palavra estrangeira) do que verdadeiramente elaborando pautas criativas.
E o custo da cultura gamer, para o brasileiro, é alto, porque o mercado não favorece e resulta num modelo de negócio diferente e de resultados parcos. Enquanto lá fora as revistas têm preços acessíveis (principalmente nas promoções tentadoras de assinatura) para ampliar a base de leitores e, com isso, juntar mais anunciantes e cobrar um valor mais alto por página de publicidade, aqui vamos contando com vendas em banca e anúncios de varejo, porque os volumes baixos de vendas de jogos para os padrões internacionais não justificam investimentos com marketing para as grandes publishers.
Dia a dia, o mercado brasileiro cresce e a situação começa a apresentar sinais de melhoras, mas, se analisarmos, atém mesmo as publicações estrangeiras sofrem com a inclusão digital e a proliferação da banda larga. Quem consome revistas americanas há bastante tempo, percebe. Em casa, eu tenho edições da EGM americana de 1995~1996 com até 400 páginas. Hoje, ela circula com pouco mais de 100 páginas (menos que a edição nacional, mesmo com mais publicidade) e papel muito mais fino que antes. E assim também é com outras publicações, como a GamePro. Sem contar as publicações que morreram nos últimos tempos.
O lance é continuar a se diferenciar, o que as revistas de games impressas brasileiras, em geral, têm muita competência em fazer. 😉
No Brasil, games é algo extremamente elitizado. Enquanto jornalistas internacionais dizem que parte do “fracasso” do PS3 deve-se ao preço alto de 600 dólares, aqui você paga até mais que isso num Wii. Os altos impostos de importação simplesmente destróem qualquer tentativa que tenhamos para melhorar a situação. Não adianta, tudo relacionado a tecnologia no Brasil custa mais que o dobro do que custa no exterior; esses tempos quis comprar uma placa mãe que aqui custa 1200 reais mas que nos EUA sai por 220 doletas. Graças a esses preços altíssimos, como podemos esperar que exista um público realmente grande de revistas do gênero, se a maioria do povo joga Polystation e compra computador do milhão com Windows Vista Starter? Não tem nem por onde baixar preço das revistas desse jeito.
Fabão falou, tá falado. Mas aí, mudando mesmo de assunto na cara dua, eu me pergunto.: se deu pra fazer um comentário desse tamanho… por que não dá pra postar?
Hein? 😀
(E por que diabos a gente só vê os erros de digitação depois que vê o comentário publicado???)
Ei, comentar é mais fácil que elaborar um tópico! 😛
Eu tenho idéias para novos tópicos, mas tá ferro de parar e transformá-las em atualizações… Ainda farei isso.
O blog não morreu! 😉
E taí o Minato dando a contribuição dele para que o blog não morra, mostrando que ele é fruto de um esforço conjunto – mesmo que o esforço venha de tão, tão longe…
どもありがとうございました、湊川さん。
Gamers não querem ficar lendo discussões filosóficas, querem bons textos, sejam bem escritos, mas que falem de games, tenham espírito próprio.
Por isso que essas revistas são boas. Enquanto os maiores sites internacionais, que, vejam bem, site=internet=notícias e novidades antes de todo mundo, se matam por novidades uma revista=Atraso de informação, sai na frente de todos eles.
É isso que nós gostamos.
Apresentar fatos e games de qualquer parte do mundo representa uma grande vantagem das revistas brasileiras. De vez em quando tem entrevistas e reportagens sobre Ubisoft, depois Square, depois EA…
Nas japonesas, fala-se, praticamente, exclusivamente do mercado interno, uma vez que trata-se de um p*ta mercado interno.
As americanas de vez em quando falam mais detalhadamente do mercado oriental e europeu; mas neste caso, o idioma facilita.
Mas uma das melhores coisas das revistas japonesas: nada de hype (mal) de Halo, neca de Master Chief.
Puxa, que surpresa! Fazia tempo que não acessava este blog devido à falta de atualizações… e hoje eu venho aqui e tem quatro posts inéditos! 🙂
Agora, quanto às revistas de games, há um tempo atrás eu escrevi sobre isso em meu blog. Vocês podem conferir a minha humilde opinião aqui: http://budrush.wordpress.com/2007/06/30/revista/
Vida longa ao JdG! 😀
BUDRUSH!!!